domingo, 17 de junho de 2007

4) PAT CANDANGA


Cheguei a Brasilia num 30 de agosto ensolarado, na época do ano em que a seca mais castiga a cidade. O Dado foi me buscar no aeroporto e me levou direto a um viveiro, antes mesmo de ir para casa. Acho que depois de viver um mês no ¨deserto¨, ele resolveu abrir as portas da casa pelo ¨oásis¨. Deixamos as malas da Helena, nossa fiel escudeira, e passeamos pelo viveiro procurando uma palmeira para a sala absolutamente vazia. Saímos de lá com uma linda planta, que tem 8 folhas em forma de leque, e uma orquídea espectacular. A casa é linda, mas por enquanto parece mais um complemente do deserto para o qual nos mudamos: colchao no chao para dormir, mesinha de armar e cadeirinha para estudar. E ponto final. A mudança ainda deve demorar algumas semanas, logo, preciso me adaptar ao que chamo de desmaterializaçäo. Como eu gosto de um desafio, isso nao vai ser grave.

5) CÉU E MAR


Há quem diga que Brasília tem seu mar: o céu. Realmente é lindo. Estou há 3 dias na cidade, e em todos vi um deslumbrante azul celeste cobrir a cidade. O pôr do sol é rosa-alaranjado e anuncia a chegada de uma noite de lua cintilante.O anoitecer no Planalto Cetral é como um presente. Nao só pela beleza, mas porque o sol é quentíssimo e a claridade, fortíssima. Viver aqui sem bons óculos escuros deve ser complicado. Dado diz que só com óculos nao dá, que tem que colocar também boné. Como operei miopia há menos de 1 mês, pode ser que eu esteja com os olhos muito sensìveis ainda, e por isso a fotofobia inicial e o prazer que sinto num lugar escuro. Se nao for isso, vai ser ótimo para usar meu stock de chapéu e comprar óculos novos a cada visita a Buenos Aires, na Infinit. Essa história me fez lembrar da minha amiga Natércia, mulher de diplomata, que tem pânico de sol. Como será que ela faz em Brasília?