segunda-feira, 30 de março de 2009

O poder das palavras

"Nossa matéria-prima é a palavra. A palavra, como som, como sentido, como prática, como senha, como signo cultural distintivo, como argamassa social, como história, como ojetivo, como entidade mutável e mutante..." Foram as palavras do poeta e antropólogo baiano Antônio Risério, as primeiras que li ao entrar pela primeira vez no Museu da Língua Portuguesa, na Estação da Luz, em São Paulo.



Aproveitei a ida a São Paulo para conhecer o Museu. Por uma semana perdi a exposição sobre o Machado de Assis, mas a visita valeu somente pela exposição permanente, no segundo andar.

O museu, inaugurado em 2006, teve o grande desafio de abrigar um patrimônio não material e usou de forma eficiente o recurso da tecnologia para mostrar de forma dinâmica curiosidades sobre a nossa língua.



Entre as atrações, está um telão com mais de cem metros de comprimento que apresenta filmes sobre nossa cultura; uma linha do tempo mostrando as origens de nosso conjunto de palavra e oito terminais de computação interativos dedicados a apresentar as línguas que deram origem ao nosso português, como as línguas africanas. Imperdível.



A visita ao museu aconteceu num momento histórico da nossa língua, com a entrada em vigor no Brasil do acordo ortográfico assinado, em 1990, pelos integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). O tratado visa a unificar a ortografia da lingua, falada em 8 países por quase 250 milheos de pessoas, pondo fim à existência de duas normas ortográficas oficiais: uma no Brasil e outra em Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e Portugal.

Os defensores do projeto dizem que o acordo ortográfico aumenta a capacidade de difusão internacional do terceiro idioma europeu mais falado no mundo, o português, aumentando assim o prestígio da língua. Entre os que são contra, muitos com medo de não se apaptar as mudanças.

Confesso ter medo de ver minhas idéias sem acento, mas como a língua, somos mutantes e mutáveis: vamos aprender. E a melhor maneira de aprender é pela leitura. Como disse o mestre Saramago num dos vídeos apresentados no museu:

"Quanto mais palavras conhecemos mais somos capazes de dizer o que pensamos e o que sentimos."

sábado, 28 de março de 2009

São Paulo das compras

A vantagem de fazer compras em NY é conseguir sempre boas liquidações. Em São Paulo, é bastante diferente. Sempre dá para encontrar tesouros, mas os preços, na maioria das vezes, assustam. As lojas das grifes internacionais são impraticáveis para os mortais. Nem por isso dá para perder as vitrines de lojas como Marc Jacobs, Louis Vuitton, Ferragamo, ... Entrar, nem pensar.

As maiores atrações de SP para mim são realmente as lojas de rua ( apesar de o Iguatemi ser ótimo e de o Shopping Cidade Jardim ser lindíssimo). Nada melhor do que bater perna nos Jardins: andar Oscar Freire, Alameda Lorena, Haddock Lobo, Bela Cintra, Melo Alves e arredores.

Imperdíveis (para mim):

Loja das Havaianas na Oscar Freire. A primeira loja conceito no mundo da marca foi desenhada pelo incrível Isay Weinfeld. Para quem é fã da marca, como eu, o lugar é delirante. São 300 metros quadrados com as últimas sandálias da marca. Uma barraca de feira no meio do local homenageia a origem popular das havaianas. Uma gracinha é o setor de customização, em que o cliente pode montar a própria sandália, misturando solas, tiras e pins.



Adriana Degreas, da Melo Alves. Adoro os biquinis de lá e sempre que vou a SP compro um novo. Dica: você pode pedir que te mostrem as coleções passadas, vendidas com descontos que vão de 20 a 50%. O atendimento é primoroso.

Quando o assunto é decoração, o primeiro endereço que vem à cabeça é a rua Gabriel Monteiro da Silva, onde estão as grandes marcas do segmento. Mas meu xodó fica nos Jardins: a L'oeil. Sonho com os garden seats, os vasos, ...

Dois pontos escondidinhos do bairro, mas imperdíveis são: 1) a vila da Peixoto Gomide, onde fica a Adriana Barra. E a vila da Ministro Rocha Azevedo.

Fora dos Jardins:

A Daslu, escândalos a parte, é sempre um colírio. E são boas as promoções das marcas da grife própria. Agora os descontos chegavam a 70%. Agora tem Daslu também no Shopping Cidade Jardim.

já para tecidos para casa, desocbri a Entreposto, na Avenida Cidade Jardim. Linda.

A Shoestok, mega loja de sapatos, para mim já foi melhor e mais barata, mas não deixo de fazer uma visitinha, por via das dúvidas.

Comer em SP

Sair para jantar em São Paulo é uma facada no bolso, concordo. Mas que prazer ...

Minha mais nova paixão gastronômica é o Kaá, um restaurante parceria entre os nomes por trás do Cantaloup, do Due Cuochi e do Prime Burguer. Inaugurado no fim de 2008, na Juscelino 279, o restaurante tem projeto arquitetônico maravihoso de Arthur Casas. Um loft gigante, com paredes de 7 metros de altura cobertas por samambaias e outras plantas, espelho d'agua, teto retrátil, móveis de madeira, tudo de superbom gosto. Sem falar na comida, deliciosa: Adri e e eu pedimos canapés de salmão de entrada ( divinos!). De prato, optei pelo raviole de queijo de cabra com shitake. Vinho meia garrafa, pefeito para quem bebe sozinho. Já estou sonhando com minha volta à SP para repetir a dose.



Outra grande pedida é o Due Cuochi, que está super na moda. Complicado é conseguir lugar. Fui à filial do Shopping Cidade Jardim ( existe outra no Itaim). O restaurante foi considerado o melhor da categoria pela terceira vez consecutiva. Ambiente óitmo, comida maravilhosa. Mas o melhor da noite foi mesmo a companhia: Adri, Cai, Bruna e Zélia. Perfeito!



Muito charmoso e também de ótima cozinha é o Condessa, um minirestaurante na Vila Nova Conceição. Dos mesmos donos da Mercearia do Conde, o Condessa tem o teto decorado por lindos móbiles e um ambiente de bistrô impecável. A mesa contribuiu para a noite maravilhosa: Dado, Guto, Paulo, Pepe, Cai e Adri. Pedi nhoque de mandioquinha num prato de parmesão. De comer ajoelhado!



Sempre delicioso é almoçar na Churrascaria Rodeiro, nos Jardins. Um clássico! Dica: pedir o couvert e apenas um prato para duas pessoas ( no meu caso pedi filé com arroz biro-biro). Ainda assim sai uma fortuna!

Para matar as saudades de Buenos Aires, fomos ao La Caballerizza. Pedimos salsicha parillera, ojo de bife, papas a provenzal, salada waldhaus, vinho. Exatamente como fazíamos na Argentina. E o melhor de tudo: fomos com a Gabi e o Ricardo, tal qual nos velhos tempos de Puerto Madero.



E mais:

Happy hour: Santo Grão, Radio Cafe, os dois na Oscar Freire.



Comida árabe no Almanara, da Oscar Freire.
Comidinhas para levar no maravilhoso supermercado da Alameda Lorena, Casa Santa Luzia.
Sanduiche na Galeria dos Pães, na Estados Unidos.

Fiquei devendo visita ao Ritz (dica maravilhosa da Dani e do Marcelo), mas impossível fazer tudo.

Fica a lembrança de restaurantes maravilhosos, uma big conta de cartão de crédito e a necessidade urgente de um belo regime!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Bougainvilles aqui em casa



E isso que a gente nem conversa com eles ...

Felicidade em apenas uma foto

Enquanto não atualizo as novidades de SP...

Esta semana, finalmente, peguei as fotos da viagem de novembro aos EUA com a Adri. Como eu estava sem minha câmera
( pobrezinha, foi roubada ... ), o registro foi bastante reduzido, com a máquina dela. Poucos, mas bons. Aqui vão alguns momentos da nossa diversão, que começou e terminou em Manhattan.



Da Big Apple fomos para Woodbury, fazer shopping! Um dia inteiro de compras e um hotel para dormir perto do Outlet. De lá seguimos para Vermont. Segue foto nosso lindo hotel em Manchester. A cidade é um sonho e recomendo ir no outono, para aproveitar o clima e a vegeração deslumbrante em tons de amarelo, laranja e vermelho. Pena que chegamos tarde e muitas árvores já estavam sem folhas ( sem falar no frio de rachar). A cidade vale pelo maravilhoso hotel Equinox ( e seu spa), pelos outlets, pelos restaurantes, por cada centímetro.



De Manchester fomos subindo o estado de Vermont, vendo pequenas cidades, antiquários ... cenário de sonho. Olha aí nosso carro e a Adri morrendo de frio para variar! Isso foi em Waitsfield.



Chegamos até Stowe, mas ainda havia pouca neve. O objetivo não era mesmo esquiar e ficamos poucos minutos na cidade, o suficiente para algumas fotos engraçadas ( eu, esperta, sempre dentro do carro!)



Um dos momentos deliciosos foi a parada para conhecer a fábrica Ben & Jerry's, em Waterbury.



As compras eram tantas que o jeito foi comprar uma mala neste outlet!



Antes de voltar para Manhattan, passamos pela linda Newport, em New England. Adoro!

terça-feira, 17 de março de 2009

25 de março



A primeira ida à 25 de Marco a gente nunca esquece. Hoje, 9 da manhã eu estava lá com minha mãe. O taxi nos deixou na Ladeira Porto Geral, a qual eu insitia em chamar de um nome absolutamente diferente no trajeto (sorte que o taxista era safo). Logo na chegada, nos deparamos com uma multidão em busca de bijouterias a preços baixos. Entrei em uma loja para dar uma olhada, mas diante da quantidade de mulheres decidi sair em poucos minutos. Acho que naquele momento compraria até uma tiara na Cartier. De la seguimos para a 25 propriamente dita, para ver lojas de tecidos. Mais muvuca. Decidi que deveriamos comprar algo rapidamente para começar a valer a pena a aventura, não importa o que fosse. Nesse momento, gritos, correria. "Olha o rapa!" Os camelôs corriam loucamente com seus produtos enrolados em trouxas sob meus olhos já arregalados de nascença. Passada a gritaria, começamos a ouvir musica indiana, no melhor estilo "Caminho das Indias". Me senti caminhando no Rajastão, só faltavam os tuc-tucs e as vacas. Dali para frente, nosso passeio foi embalado pela trilha sonora da Gloria Perez. Nas lojas, mulheres provavam saris e brincos a la Maya. Agora me sentia numa mistura de Projac com Sapucaí. Para encurtar história: andamos vários quarteirões, morri e calor, me espremi entre transeuntes enlouquecidos, quase fui arrastada junto com as trouxas e não compramos NADA! Valeu para conhecer, mas para mim, já deu.

segunda-feira, 16 de março de 2009

E eu que demorei a tocar as mãos no chão ...



Vocês viram do que esse menino é capaz?

O nome dele é Daniel Browning Smith e ele é considerado o maior contorcionista do mundo. O americano ficou conhecido como Rubberboy, ao ser capaz de mover o corpo como se fosse de borracha. Daniel nasceu no Mississipi, em 79, e hoje está no livro dos Records. E não é para menos.

Não percam os videos dele no you tube. Aqui vão dois links imperdíveis!

1) http://www.youtube.com/watch?v=ySenkGd_7lc

2) http://www.youtube.com/watch?v=w9lIvJV1fEw

domingo, 15 de março de 2009

Dicas NY (parte II - compras)




Será que é preciso dar dicas para fazer compras em NY? Acho que bastam alguns lembretes:

1) Na Nine West, os sapatos são made in Brazil, mas não são vendidos no Brasil. Então vale uma olhada para ver se há algo imperdível

2) Comprei tênis muito barato na Union Square, no mesmo prédio da Filene's Basement.

3) Jeans bem legais e baratos são os da American Eagle.

4) Gap e Banana tem que entrar em todas, já que as promoções lá de dentro sempre são diferentes ( começo sempre pela arara do Sale no fundo das lojas e de lá vou andando para a porta (nada como uma mulher econômica!)

5) As lojinhas do Moma são imperdíveis.

6) A Anthropologie é linda. Cara, mas linda. Adoro os detalhes para casa, como os aventais de cozinha.

7) A J.Crew para mim é excelente para roupas do dia-a-dia.

8) tenho adorado as roupas do Michael Kors nas lojas de departamento.

9) Apple store, sempre!

10) Abercrombie, não só para comprar roupas básicas, mas para dar uma dançadinha no meio do dia: a trilha sonora das lojas é maravilhosa! Minha mãe morre de rir quando entro e começo a dar meus passinhos entre uma roupa e outra.

11) H&M é de época, tem fases boas e outras bem fraquinhas. Mas sempre vale a pena garimpar a loja que tem preços excelentes para produtos de curta duração.

12) Victoria's Secret, que mulher ( e homem!) resiste!?

13) Brookstone e Sharper Image para pelo menos fazer uma massagem no meio do dia.

14) Sephora para cosméticos em geral.

15) B&H, para mim, é a melhor opção para eletrônicos, sem ser Mac.

16) Sabon, imperdível para comprar o sabonete de mão esfoliante com o creme com a mesma fragância. Para mim, são os melhores de NY! A loja tem em vários lugares, como 123 Prince St. com Wooster, na 93 Spring entre Mercer e Broadway, 782 Lexington com 61, e por aí vai.

17) Woodbury Common, outlet a 50 min de Manhattan, tem preços imperdíveis. Sugiro começar pela Polo. Só indico para quem fica muitos dias em NY, não perderia um escasso dia de Manhattan para ir até lá.

Por hoje é isso, quem sabe amanhã lembro de mais dicas?

Dicas NY

Dicas de NY são como um pretinho básico, sempre servem!



ITEM COMIDA

1) Mercer Kitchen - meu preferido - Prince St com Mercer St, no Soho. Imperdível: pizza de atum cru com wasabi. O lugar é supercharmoso, comida gostosa, gente interessante.

2) Pastis - badalado, alegre, jovem. Comidas simples, tipo sanduíche com ovo e batata frita. Vinho da casa. Legal para fazer almoço/lanche, tipo 16h00 (9, 9th Ave. com 14)

3) Gramercy Tavern - delicioso e lindo. Comi polvo de entrada e lasanha de mushroom. Fica a uma quadra do lugar onde gostaria de morar: o Gramarcy Park, aquela praça na qual só entram os moradores que tem a chave, visual totalmente Woody Allen. Fica na 42 East 20 th Street

4) Max Brenner - para comer um sanduichinho e deixar muito espaço na " pança" para o fondue de 3 chocolates! (841 Broadway com a 13)

5) Cafe Bouchon - para comer algo simples no Time Warner Center, lendo uma revista ( que delícia!). Pratos simples, como sopa de tomate.

6) Grand Central Station, Oyster Bar. Tradicional, num lugar imperdível que é aquela estação. Atenção que os pratos são bem grandes e dá para dividir. Dica: lulas e peixe.

7) Dean and deluca do Soho - para fazer sanduíche na hora

8) Balthazar - 80, Spring St - para comer mexilhões, steak tartar com fritas e tomar cerveja!

Outros:

No Meatpack:

1) Vento - italiano bem legal

2) Budakhan - o do noivado de Sex and the City ( 75, 9th Ave. com 15)

3) Spicy Market - lindo, badalado, mas atenção: muita gente não curte o cardápio recheado de comidas exóticas inspiradas nas comidas de rua da India. Vale super a pena pelo ambiente.

4) Fig and Olives - indicado pela Paulina, minha amiga, mas não conheço pessoalmente

Midtown

1) Tao (Madison com 58) - oriental

Drinks badalados

1) Gansevoort Hotel no Meatpack (18, 9th Ave. com a 14)

2) Mandarin Hotel

Para comer à noite no hotel vendo as inacabáveis compras do dia ( dicas para driblar a ansiedade gerada pelas notinhas amarelas de cartão de crédito espalhadas sobre a cama!):



1) pacote de chocolate Rolo
2) pacote de chocolate Kit Kat

Dicas finais:

1) aproveite estar nos EUA para tomar os deliciosos vinhos californianos nas refeições, mais baratos que os importados.

2) não marque encontros nas esquinas sob o risco de ficar o dia todo com aquele asqueroso cheiro dos pretzel

segunda-feira, 9 de março de 2009

Planos para SP



Exposições:

1) Latitudes: Mestres Latino-americanos na coleção Femsa no Instituto Tomie Ohtake

2) Anita Malfatti - no Museu de Arte Sacra

3) Memorial revisitado - Memorial da América Latina

4) Museu da Lingua Portuguesa

Compras:

1) conhecer o shopping Cidade Jardim

2) dar uma olhadinha ( como sempre) na Shoe Stok

3) conhecer a nova loja das Havaianas na Oscar Freire, projeto do superarquiteto Isay Weinfeld

4) ver se tem boas promoções na Adriana Degreas da Melo Alves

Teatro

1) A festa de Abigaiu, comédia que quero ver há muito tempo

Reflexões sobre o tempo

Vivo minha vida pensando no curto prazo. Tenho a maior dificuldade de pensar em daqui a muito tempo. Sei que isso é bastante perigoso, mas fazer o que? A capricorniana aqui é assim, cheia de paradoxos. Não nasci assim. Me tornei imediatista depois dos 30. Passei minha juventude medindo passo a passo até ver que era incapaz de controlar as mínimas coisas, quanto mais o tempo.

Aprendi a viver o hoje, quando senti a distância do amanhã.

sábado, 7 de março de 2009

Dia internacional da mulher

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos em Nova Iorque, fizeram uma grande manifestação reivindicando a redução da carga horária diária de 16 para 10 horas, equiparação com o salário dos homens, que chegavam a receber o triplo delas, entre outras coisas. A manifestação foi reprimida brutalmente: As manifestantes foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas.

Dia 8 é um dia para lembrar da luta das mulheres, que tanto já conseguiram e que muito ainda precisam conquistar.

Na foto, uma mulher linda e famosa:

Todo dia

Hoje fiquei pensando nos dias importantes da nossa vida.
E descobri que, na verdade, todos eles são importantes.

Os grandes dias da nossa vida só existem pelos dias
espera, de preparação e vontade de vencer, acima de tudo.

Os grandes dias da nossa vida só chegam
quando vencemos a dor, vencemos o medo,
vencemos a inércia.

Os grandes dias de nossa vida só acontecem
quando sonhamos com eles, e depois lutamos por eles,
e por fim, aceitamos as consequências dele.

Os grandes dias de nossa vidas só são possíveis
com horas de dor, de medo, de desesperança.

Os grandes dias de nossa vida são aqueles que parece que nada aconteceu.

O dia 2 só acontece se houver o dia 1.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Fase nova

"Crepe"



Flor do cerrado




"Da próxima vez que eu for a Brasília eu trago uma flor do cerrado para você"

Caetano Veloso

Fotos de 2008 recuperadas

O blog esteve ausente, mas alguns momentos perdidos do ano passado merecem registro:

Pat junina!

Sofá

Será que eu já tinha mostrado meu sofá? Sujou ... pintou!



terça-feira, 3 de março de 2009

Aula de economia?



Eles estudam economia; eu, aproveito para aprender um pouco mais sobre o nosso Brasil. As aulas de sábado terminam em capirinha de limão e papo furado - claro que tenho que fazer MUITO esforço para o G7 parar de falar sobre o Rio Branco. Mas depois de algumas doses, o povo esquece aquelas fórmulas doidas e fala que nem gente.

No último encontro, me diverti com os regionalismos que aprendi.

Diálogo entre dois amigos mineiros:

- João, cê fraga o Bar do Zé?
- Frago.
- Então, que que cê acha da gente ir lá?
- Nô, José, tô garrado.

(sai João)

- Tô com uma preguiça do José...

( Jão chega ao bar e azara uma menina)

- Gradei demais d'ocê.

domingo, 1 de março de 2009

G7

A sala da minha casa sempre foi palco de muitas festas. Mas nos últimos tempos, um novo tipo de reunião vem acontecendo duas ou três vezes por semana aqui. São encontros do G7: 1 representante de Belo Horizonte, 1 de Ipatinga, 1 de Pelotas, 1 de Fortaleza, 1 de Sao Paulo, 1 de Brasilia e 1 do Rio. Fora o G8, do Recife, personagem diferente. Durante as cerca de 3 horas que dura cada encontro, eles falam num dialeto incompreensível, uma espécie de linguagem criada para comunicação interna. De cada esdrúxulo colóquio, ouço apenas um murmurinho, segregada no quarto em silêncio total para não atrapalhar o intrigante debate. Às vezes tento resgatar alguma frase perdida nas ondas de som que escapam para o jardim. Tento em vão decodificar aquelas cifras que vazaram pela natureza: "RLEE e RNL, que diabo será isso?" Quando morro de sede, arrisco ir até a cozinha. Analiso o solado do sapato que tenho nos pés para ver se não é dos de madeira que fazem tlec-tlec, e, por via das dúvidas, sempre termino optando por uma silenciosa havaiana para resgatar o líquido precioso. Claro que na rápida passagem pela sala, olho de soslaio para o grupo reunido em volta da mesa e percebo que minha presenca é absolutamente despercebida diante de tanta atenção daqueles 14 olhos que não piscam. Sim, apenas 2 globos se comportam da forma mais natural, como se estivessem se divertindo com aquilo tudo. Penso que aquela dupla é do líder e que os outros, tão atentos, só podem estar desesperados por aprender os detalhes da arquitetura do golpe final, sob ameaça de serem decapitados em caso de falência. Volto para o quarto e espero que o Dado apareça em algum momento dizendo que o encontro terminou e que posso sair do confinamento. Desta vez, quando entro na sala, estão dissimulados. Agora riem, se mexem pelo ambiente, excitados por aquelas fórmulas que após algumas horas parecem fazer efeito de drogas pesadas. Eu, apesar de intrigada, nada pergunto. Recolho as bandejas com restos de água nos copos, potinhos com migalhas de biscoito e, mais uma vez, meus olhos escorregam para o quadro branco com resquícios de marcador negro e azul:

NFSP = G - T + iB = dB + dM

Eureca! É a fórmula de uma nova bomba: eles vão explodir Brasilia!