Sábado é dia de passear: fomos à excelente Livraria Cultura do Shopping Casa Park, e aproveitamos para ir cinema ver o ótimo filme israelense Bubble ( depois rolou uma pizza também muito boa no Baco, embora o local careça de charme como vários outros da Asa Sul.

O filme é do israelense Eytan Fox e no caso a bolha é a cidade mais cosmopolita de israel, Tel Aviv, cidade que tenta viver às margens da política, esquivalendo-se do sofrimento provocado pelo eterno conflito árabe-israelense. Bubble conta a história de 3 amigos ( sendo 2 gays) que dividem um apartamento e um deles se apaixona por um palestino.

Através da vida dos 4 personagens principais, Bubble mostra como é o dia-a-dia deles no que descobri ser uma cidade super ¨gay friendly¨, tipo San francisco. A socidade israelense, principalmente de Tel Aviv, aceita os homossexuais, inclusive no exército e reconhece o casamento gay dando a eles muitos dos direitos de um casamento heterosexual. Bem diferente, nos territórios palestinos o homossexualismo é condenado. O filme trata o homossexualismo com grande naturalidade, inclusive mostrando cenas de sexo como sao mostradas cenas heterossexuais no cinema.

Em meio à história de amor entre o israelense e o palestino, Bubble mostra a dura realidade de viver na regiao, como a dificuldade de atravessar a fronteira entre Israel e a Cisjordânia, os ataques de homens-bomba, o racismo.

O conflito existe desde o fim do século XIX, mas foi intensificado com a criaçao do estado de Israel, em 1948. Desde entao, pelos menos 5 guerras grandes aconteceram na regiao, fora os conflitos diários entra as duas partes. Os palestinos nao reconhecem as fronteiras determinadas e lutam pela criaçao de um estado com capital em Jerusalém Oriental. Os judeus, por sua vez, nao aceitam em dividir Jerusalém. Essa é uma longa e complicada história, que mereceria um blog à parte.